
terça-feira, 30 de março de 2010
APRESENTAÇÃO
Aproveitando rascunho do Luiz,lembranças da mãe,passei a elaborar,com muito tempo de pesquisa,nossa genealogia.
Nos tempos que correm é bom sabermos herdeiros de um legado tão valioso como o deixado pela VOVÓ RAMONA.
Desejamos que as gerações vindouras tenham a felicidade de conhecê-lo.
Pelotas,l9/08/2009.
Rita Avendano.
Aproveitando rascunho do Luiz,lembranças da mãe,passei a elaborar,com muito tempo de pesquisa,nossa genealogia.
Nos tempos que correm é bom sabermos herdeiros de um legado tão valioso como o deixado pela VOVÓ RAMONA.
Desejamos que as gerações vindouras tenham a felicidade de conhecê-lo.
Pelotas,l9/08/2009.
Rita Avendano.

RAMONA GONÇALVES DE FREITAS
Nasceu em 19/08/1898,na cidade de Trinta e três,no Uruguai,viveu parte de sua vida em Santa Izabel.Foi registrada com o sobrenome do pai,Gonçalves da Silva.
Casou-se com Gervásio0 Ferreira de Freitas,marcineiro.Tiveram vários filhos ,sendo quatro os sobreviventes:Ligia,Lecy,Lulvia e Léo.
Aos 37 anos ficou viúva.Trabalhando como operária em fábrica de colchões,em Pelotas,criou seus filhos e posteriormente aposentou-se.
Após longa enfermidade que a privou de andar,faleceu em 1969,deixando inestimável herança de luta e virtudes.


GERVÁSIO FERREIRA DE FREITAS
Meu pai foi marcineiro.Minhas lembranças a respeito dele são poucas e vagas,pois quando desencarnou eu tinha apenas 6 anos.
Sou a única filha que ele escolheu o nome:LULVIA...fico pensando de onde ele teria tirado meu nome!?!?!?
Eu dormia nos pés da cama de meus pais.Ao amanhecer ouvíamos os galos cantarem e papai dizia que eles falavam :BOM DIA e o outro galo respondia:BOM DIA ...Papai me dizia que eles estavam conversando ...tenho isto tão nítido em minha mente ,que quando escuto um galo cantar parace que estou ouvindo o galo dizer BOM DIA....
Papai fez um armário (guarda louças) que tinha vidro na porta,e eu na minha inocência achava que éramos ricos por termos aquele móvel tão bonito em nossa casa.
Papai abdicou da herança de mamãe em prol de seus cunhados.
Tínhamos um cachorro pastor alemão chamado "Range".A casa dele era num galpão ,e a noite ele ficava solto,no'pátio.Papai dava comida com muita pimenta para que ele ficasse bem brabo...e era brabo mesmo.
Todos os sábados a noite papai ia na tia Nina (irmã dele) tomar um cafezinho com ela.
Certa ocasião tia Nina deu uma gabardine muito bonita para papai.Quando ele chegou em casa o cachorro estranhou a avançou nele,foi o quanto ele gritou com o cão para que parasse.
Papai não admitia que seus filhos tirassem nota baixa em comportamento (podia tirar nota baixa nas matérias,mas em comportamento não).Uma vez correu atraz do Lecy em volta de um viveiro para dar nele com uma vara de marmelo,...a nota em comportamento estava baixa...
Papai gostava de brincar com a gurizada judiando deles: colocava uma moeda furada,amarrada num fio elétrico e mandava eles pegarem a moeda...eles levavam cada choque!!!!
O Lecy contava que uma vez o Teodoro (amigo da família) chegou em casa muito mal vestido,precisando de roupas ,e papai não teve dúvidas,tirou a própria camisa do corpo para o amigo vestir.
Mamãe falava que papai era muito prestativo,uma vez uma família precisava colocar um roupeiro num sobrado e não estavam conseguindo...papai foi chamado e resolveu o problema.
Quando papai ficou doente,não saiu mais da cama.Os patrões ,que gostavam muito dele ,sempre iam visitá-lo.
Papai morreu aos 40 anos.Foi velado em casa (era costume da época).Adelaide,que era casada com um primo da mamãe (Colombo Aguiar) ,colocou-me no seu colo e eu disse:_"Como sinto de meu pai ter morrido...".Lembro que estas palavras a deixaram bem emocionada,talvez pela minha pouca idade...
Os remédios para o tratamento da doença do papai ,foram encomendados e tinham que vir de avião de outro Estado...mas só chegaram um dia após o enterro de papai.Mamãe ficou com muita pena ,pois ela desconfiava que papai não acreditava que os remédios haviam sidos encomendados ,devido a demora para chegarem..era tudo muito difícil...
Se precisasse descrever meu pai com poucas palavras diria:honesto...trabalhador...forte...bonito...moreno...olhos verdes...

O PATRIARCA
Porto Alegre,quando ainda não tinha nome,era habitado por índios charruas.Mas,um dia,enquanto Portugal e Espanha lutavam pela hegemonia no Prata,surgem os primeiros portugueses nas virgens terras guaibenses.E Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos que nelas se estabeleceu,ocupa-as oficialmente iniciando seu povoamento.
(reproduzido da Revista do I.H.G.R.G.S.)
A HISTÓRIA
Quando foi povoado,o Rio Grande ainda não era Governo (1760) e muito menos Capitania (1807).
O povoamento foi feito sobretudo por portugueses e paulistas.Aqueles,ou já estavam no Brasil ou vinham diretamente de sua terra e das ilhas lusas do Atlântico.
Como tudo remontava a Portugal,é interessante indagar-se de onde descendiam os portugueses.
Portugal já tinha sido,como aliás todo o resto do mundo,um cadinho de raças,sendo o português do continente uma fusão de camitas (íberos) ,semitas (árabes) ,mediterrâneos (celtas,romanos e gregos) e germânicos (godos e suevos) ,onde se mesclavam o louro,dolicocéfalo e alto,de tendências sedentárias e pacíficas.
Nestas condições,pode-se afirmar que o Rio Grande foi povoado tanto pelo homo meridionalis,como pelo homo europeus ou teutônico,a que se juntou o homo alpinus,quando da chegada dos alemães e italianos das terras altas.
Os imigrantes das ilhas dos Açores,Cabo Verde,Madeira e Canárias,de origem flamenga e germânica,adaptaram seus sobrenomes ao português,aparecendo entre eles os Dutras,os Silveiras,os Bruns,os Terras,os Lemes,etc.Eram de tez clara,cabelos louros,olhos azuis e estatura elevada,com inclinação para a atividade e as empresas arriscadas.
Entre eles pontificou a figura invulgar do patriarca-mor Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos (natural da Ilha da Madeira,descendente de fidalgos portugueses) ,que no princípio do século XVIII emigrou para o Brasil,casando-se em Guaratinguetá,São Paulo,com Lucrécia Leme Barbosa,paulista,consanguínea de Fernão Dias Paes,o intrépido bandeirante de renome histórico.
De lá passou-se para Laguna e em 1732,quando apareceram as primeiras estâncias em Viamão e nos arredores do seu porto natural,hoje Porto Alegre,Jerônimo de Ornelas estabelece-se no morro de SantÀna,lançando,por assim dizer,os fundamentos da capital gaúcha.
Quando foi povoado,o Rio Grande ainda não era Governo (1760) e muito menos Capitania (1807).
O povoamento foi feito sobretudo por portugueses e paulistas.Aqueles,ou já estavam no Brasil ou vinham diretamente de sua terra e das ilhas lusas do Atlântico.
Como tudo remontava a Portugal,é interessante indagar-se de onde descendiam os portugueses.
Portugal já tinha sido,como aliás todo o resto do mundo,um cadinho de raças,sendo o português do continente uma fusão de camitas (íberos) ,semitas (árabes) ,mediterrâneos (celtas,romanos e gregos) e germânicos (godos e suevos) ,onde se mesclavam o louro,dolicocéfalo e alto,de tendências sedentárias e pacíficas.
Nestas condições,pode-se afirmar que o Rio Grande foi povoado tanto pelo homo meridionalis,como pelo homo europeus ou teutônico,a que se juntou o homo alpinus,quando da chegada dos alemães e italianos das terras altas.
Os imigrantes das ilhas dos Açores,Cabo Verde,Madeira e Canárias,de origem flamenga e germânica,adaptaram seus sobrenomes ao português,aparecendo entre eles os Dutras,os Silveiras,os Bruns,os Terras,os Lemes,etc.Eram de tez clara,cabelos louros,olhos azuis e estatura elevada,com inclinação para a atividade e as empresas arriscadas.
Entre eles pontificou a figura invulgar do patriarca-mor Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos (natural da Ilha da Madeira,descendente de fidalgos portugueses) ,que no princípio do século XVIII emigrou para o Brasil,casando-se em Guaratinguetá,São Paulo,com Lucrécia Leme Barbosa,paulista,consanguínea de Fernão Dias Paes,o intrépido bandeirante de renome histórico.
De lá passou-se para Laguna e em 1732,quando apareceram as primeiras estâncias em Viamão e nos arredores do seu porto natural,hoje Porto Alegre,Jerônimo de Ornelas estabelece-se no morro de SantÀna,lançando,por assim dizer,os fundamentos da capital gaúcha.
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